Jesus gostava muito de desenhar na areia com o dedo. Pelo menos, os evangelistas dão-nos tal a entender, mais que uma vez. Jesus escrevia na areia, como Deus que desce à Terra para nos mostrar e ensinar a realidade da nova aliança. Deus mostra-Se e dá-nos o maior dos mandamentos: o mandamento do amor, que em si todos os outros mandamentos congrega e lhes reconhece uma dinâmica muito superior ao que até então se entendia. Deus escreve-Se na Terra. Jesus escrevia na areia, mas ao mesmo tempo escrevia na pedra dos nossos corações, para que o que nos disse não fosse simplesmente apagado por uma onda qualquer. Ao escrever na pedra dos nossos corações, transformou os nossos corações de pedra em corações cada vez mais de carne, e mais sensíveis e capazes de amar. Deus escreveu na areia, e com isso transformou pedra em carne, e a morte do pecado em vida da ressurreição. Estávamos condenados, e se O quisermos, somos salvos. Deus escreve na areia, ainda hoje, todos os dias. Basta olhar para a Eucaristia com olhos de ver e vivê-la com coração de sentir. Se quisermos ser audazes, corajosos, heróis (enfim, coerentes), trazemos a Eucaristia pela semana fora, não a confinando àquela hora de Domingo e nada mais. A Eucaristia de Domingo serve-nos de inspiração para toda a vida da semana, não é apenas um ritual de frequência historicamente localizada. Deus escreve na areia, escreve na pedra, increve-Se nos nossos corações. Este milagre acontece permanentemente em todo o Mundo, pelo menos enquanto deixarmos que Deus em nós opere. Louvado seja Deus por estes milagres e por nos amar tanto ao ponto de Se dar para nos salvar! Jesus Cristo que desenhas na areia, és um artista. O maior de todos!
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AVC
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