"(...)é verdade que a notável expansão do cristianismo nos cinco primeiros séculos é fortemente devedora, no plano sociológico, do papel desempenhado pelas mulheres (e não apenas pela sua influência maternal e conjugal): mais disponíveis para a conversão, as mulheres gozavam nas sub-culturas cristãs de um estatuto substancialmente superior – patente quer no seio da família, quer na Igreja – ao das mulheres pagãs. A isso se associava a menor fertilidade destas últimas, resultante dos costumes sexuais pagãos, da prática do infanticídio predominantemente feminino, da generalização do aborto e, em qualquer caso, do império masculino sobre a mulher e sobre a vida e morte dos seus filhos nascentes (Cf. por exemplo, The Rise of Christianity, de Rodney Stark, Princeton University Press).
de acordo com a mensagem de Cristo, as mulheres eram tratadas com respeito (com um respeito inédito, aliás), como pessoas com igual dignidade, transcendendo os preconceitos do tempo. Para as mulheres, a conversão ao cristianismo correspondeu, verdadeiramente, a uma libertação.(...)"
Alexandra Teté
MRB
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