a arte de Cristo

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

28 de Fevereiro

O Duque de Gandía, tal como vários outros ilustres da Europa do século XVI, apaixonou-se pela extrema beleza de D. Isabel de Portugal, casada com Carlos V de Espanha e imperatriz da Alemanha. Isabel morreu jovem, e o duque ficou com a tarefa de trazer o seu corpo para Portugal. Ao espreitar o cadáver da sua amada e ao vê-lo em avançado estado de decomposição, o Duque de Gandía terá dito: nunca mais servirei senhor que possa morrer.
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Após tamanho choque, aquele que seria o futuro Vice-Rei da Catalunha, o Duque de Gandía, dividiu o seu património pelos filhos e pelos necessitados, e decidiu apresentar-se ao serviço da Igreja. Hoje é entre nós conhecido por São Francisco de Borja.
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O amor é para sempre. O Eterno é Amor, dizia o Abbé Pierre. Não amamos uma pessoa se esse amor não se prolongar para além da morte, apenas gostamos. O casamento é até que a morte nos separe, mas o amor perdura além portas. E Aquele que é eterno, Aquele que nos ama, é Esse que deve ser amado sobre todas as coisas e em primeiro lugar. Francisco de Borja amava Isabel de Portugal pela beleza que tinha. Esta, como todas as coisas do mundo, morreu. Ficou um vazio de amor. Como se uma parte dele morresse com ela. Devemos estimar as coisas e amar as pessoas do mundo, apenas no sentido em que elas nos conduzem ao amor a Deus, Esse que nos ama como ninguém. Como Deus é eterno, e o Eterno é Amor, percebemos porque é que o Duque de Gandía disse nunca mais servirei senhor que possa morrer. Amar é servir.
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AVC

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