a arte de Cristo

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

30 de Dezembro

O ano está a chegar ao fim. Que é como quem diz, está a chegar ao princípio. A festa do fim de ano é algo pagã. Não no sentido de adorar outros deuses ou algo do género(ainda que alguém assim o fizesse, penso que um cristão pode comemorar o ano novo de uma forma cristã) mas apenas no sentido que não é uma festa com a mesma dimensão cristã como o Natal. Ainda assim, o ano novo pode-nos ajudar a pensar em algumas coisas. A pensar no passado, no presente e no futuro. Pessoalmente, poderia pensar nestes três tempos desta maneira:

Passado: Que me aconteceu neste ano que passou? O Que é que andei a fazer? Fiz alguma coisa de útil ao mundo? Que bem é que deixei de fazer? Como é que evoluíram as minhas lutas? A pergunta mais importante de todas: Estou mais próxima de Deus?
Presente: O passado é mais ou menos como uma ilusão real que deixou as suas consequências (boas e más). O presente, porém, é o único tempo que realmente existe. É aqui que eu posso mudar ou conservar alguma coisa. Não é preciso esperar pelo dia 1 de Janeiro para começar a melhorar-me, para me despedir dos meus vícios. Contudo...:
Futuro: Ano novo, novo ânimo para lutar! É fácil entusiasmarmo-nos e passado pouco tempo tudo voltar ao mesmo, é verdade. Mas também é verdade que sem entusiasmo é muito mais difícil fazer seja o que for. Como uma onda que leva um surfista (perdoem-me os leitores se forem surfistas, e se eu estiver a dizer algum disparate, mas não percebo nada de surf). O que quero dizer é que tanto podemos conseguir vencer lutas pessoais a 31 de Dezembro como a 1 de Janeiro. Se a 1 de Janeiro temos o entusiasmo geral a contagiar-nos...bem, olha, é aproveitar!
Aqui chegamos ao novo princípio!

É Natal todos os dias, porque Jesus pode nascer em nós todos os dias. É ano novo todos os dias, porque também todos os dias podemos começar uma nova luta por nos melhorarmos!



MRB

29 de Dezembro

A discussão sobre a família e a homossexualidade voltou a aparecer nos últimos dias com renovado entusiasmo. Quero deixar um par de pontos muito claros:
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1. Como cristão que sou, o modelo de família a seguir é o da primeira família cristã: José, Maria, Jesus. Deste modelo apreendo alguns pilares básicos, dos quais neste âmbito destaco: a santidade que se cultiva na família, escola de vida; e o casamento é feito de um homem e uma mulher, que, se essa graça lhes for concedida, terão descendência. O exemplo da Sagrada Família não se desactualizou, continua e continuará a ser o modelo de santidade para a família cristã.
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2. Dito isto, a família cristã não poderá ser construída a partir de uma relação homossexual. Nunca. No entanto, vamos ser claros num aspecto: o ódio não deverá ser empregue por cristãos para marginalizar homossexuais, ou seja quem for. Somos chamados a amar os homossexuais, tal como somos chamados a amar toda a pessoa humana. O homossexual também é o próximo. Temos a missão de rezar por eles e elas. Sem nos sentirmos moralmente superiores, pois sabemos que também temos os nossos vícios e só a Deus cabe avaliar-nos - a todos. Devemos cultivar a moralidade sem cair em moralismos. Somos firmes, mas somos amigos.
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Termino com o que Jesus nos ensina, e que ajuda a não nos endeusarmos:
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Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á. (...) Porque, com a mesma medida com que medirdes para os outros, será medido para vós. S.Lucas, 6, 36-38
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AVC

domingo, 28 de dezembro de 2008

28 de Dezembro


- [entre beijos.] Parece que condizemos um com o outro. Porque não casamos?
- [susto. silêncio. respira fundo.] Calma. Lá porque condizemos não quer dizer que sejas o amor da minha vida, ora... condizer não chega! E se condizemos pelos defeitos? E se condizemos pelas virtudes, mas nem por isso isto bate certo porque podia ser melhor? O que importa não é que condigamos um com o outro, mas que juntos condigamos com a vida! E esta já é outra história.
- [foge.] Conta-me.
- Estou-me lembrando do Pires. Sabes? Aquele meu amigo.
- Sei, sei. [disfarça desilusão com enjeitado sorriso.] O que tem o Sr. Pires?
- Ele veio-me com aquela conversa que tinha encontrado a mulher da sua vida, que condiziam muito bem um com o outro, que tinham tudo a ver. Pobre Pires. Sempre romântico, buscando chávena ou xícara que o completasse. Pois é isto que interessa, que nos completemos, pois só a chávena é que completa o pires, tal como sozinha também perde o seu potencial de graça. E agora encontrou esta rapariga...
- Sim. E o que aconteceu, achas que afinal não condizem, é?
- Ainda não percebeste. Eles condizem... não se completam mas é! O Pires encontrou uma pirosa. Condizem... ela é daqueles diamantes em bruto: normalmente brilha, mas de vez em quando resvala para o bruto. E o ADN sentimental do Pires é feito de loiça fina. Tal é o empenho que põe nesta relação que um dia parte-se; e depois, quem é que dá concerto aos cacos?
- [conduzindo conversa para território neutral.] Simpatizas zero com ela.
- [abana a cabeça.] Não se trata disso. Pires completa-se com xícara, e resolveu apostar num amor de recurso só porque pirosa também condiz com pires! Só que... pelo lado que não interessa. Mas não é a eles que quero julgar, provavelmente a história deles até é diferente do que eu a pinto. O que nos convém é aprender com os erros [das histórias que pintamos] dos outros, para melhor pensarmos se juntos condizemos com a vida.
- [de volta à realidade que afastou.] Vamos rezar. Não tenho pressa em decidir.
- [concorda com a resposta que a induziu a tomar.] Pois, não é urgente. Urgente é amar quem nos rodeia.
- [inspiração divina.] Lavemos os olhos, para voltarmos a olhá-los sem a sujidade da crítica.
- [admiração. beijo.] Tenho muito a aprender contigo.
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AVC

sábado, 27 de dezembro de 2008

27 de Dezembro

O texto que se segue foi encontrado pelo nosso caro leitor Bruno Alexandre, achando este que o autor do dito texto é um santo do século VI (lol:P). Eu resolvi transformá-lo em post do CristalizArte porque gostei bastante, e lembra-nos de coisas essenciais à nossa vida. Aqui fica:

"A caridade é a fonte e origem de todos os bens, é a mais segura protecção, é o caminho que leva ao Céu. Quem caminha na caridade não pode temer nem errar; ela dirige, protege e leva a bom termo.Por isso, irmãos, uma vez que Jesus Cristo nos deu a escada da caridade pela qual todo o cristão pode subir ao Céu, conservai fielmente a caridade verdadeira, exercitai a uns com os outros e, subindo por ela, progredi sempre no caminho da perfeição".

MRB

26 de Dezembro

Esta é a data depois do Natal. Já não andam espalhados pela casa os presentes por abrir, e o frigorifico está cheio das sobras da noite de Natal. A festa já passou, a confusão já acabou.
...Vazio?
Não, não pode ser! O aniversariante continua lá, no presépio. Mais importante: continua em nós! Cada dia que O temos connosco, é motivo de festa! Se um cristão recebe Jesus quando O comunga... é motivo para uma alegria imensa! Como era bom, se soubesse sentir pelo menos metade da alegria que devia sentir, quando O recebo!

Nasce em nós, Jesus! Todos os dias!



MRB

25 de Dezembro

Hoje celebramos o nascimento do Deus Menino. Que admiravél este mistério!? Sendo Deus, fez-Se homem, como nós para ser tudo em semelhante a nós, excepto no pecado. Fez-Se pequeno, para Se aproximar de nós.

Que lição de humildade e de pobreza nos dá o Senhor. Sendo Deus, não escolheu um palácio para nascer. Mas uma simples manjedoura, foi o Seu berço.

Senhor, ajuda-me a perceber que a Verdade está em Ti...és Tu.

Ele veio para nos salvar. Caiu uma vez, para que eu, tu, nós levantássemos de uma vez para sempre, e podessemos ser chamados Filhos de Deus.

Senhor, ajuda-me a ser como Tu.


PBP

24 de Dezembro

Cristo dá-Se verdadeiramente aqueles que O pedem. E como se sente a presença de Deus, quando se está com alguém que está com Ele!

Exemplos não nos falta. São Franscisco de Assis recebeu os Seus estigmas, e Santa Clara recebeu-O Menino nos seus braços.

Se a vida já é admiravél e é um dom, o que não será uma vida santificada?

Queiramos também receber o Menino neste Natal, e peçamo-Lo que todos os dias do ano, Ele venha e fique connosco.


PBP

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

23 de Dezembro

"291. Que se requer para receber a sagrada Comunhão?
1385–1389; 1415
Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importante o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo. "
(novamente retirado do compêndio do catecismo da Igreja Católica)

MRB

22 de Dezembro

Copiado do compêndio do catecismo da Igreja Católica (disponível em http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html)

99. Em que sentido Maria é «sempre Virgem»?
499-507 510-511
No sentido de que Maria «permaneceu Virgem na concepção do seu Filho, Virgem no parto, Virgem grávida, Virgem mãe, Virgem perpétua» (Santo Agostinho). Portanto, quando os Evangelhos falam de «irmãos e irmãs de Jesus», trata-se de parentes próximos de Jesus, segundo uma expressão usual na Sagrada Escritura.

MRB

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

21 de Dezembro

Ao ver fotos de jantar de Natal dos meus colegas de trabalho e de Empresa, que se concretizou recentemente, deu-me para pensar nas relacções que temos uns para com os outros.

Quanto não valerá a vida de uma pessoa? É possível que, por vezes, não simpatizemos com A ou B. Talvez mais tarde, venhamos a conhecer melhor estas pessoas e nos desenganemos daquilo que pensávamos a seu respeito. De outra forma, viriamos a confirmar que se tratam de malandros e de piratas (lol).

Seja de que modo for, são pessoas. E por serem pessoas, feitas à imagem e semelhança de Deus, queridas por Deus, merecem o nosso respeito.

Ainda que outros tenham mais qualidades do que nós, lembremo-nos daquilo que nos foi dado e alegremo-nos. Foi nos dado a possibilidade de poder contribuir à nossa volta, de sorrir aos demais, de dar o nosso melhor aos outros. Não desperdicemos essas oportunidades de amar aqueles que estão ao nosso redor.

A murmuração e a inveja não trazem nada de bom ao mundo. Quanto não vale hoje um amigo sincero, leal, transparente, em quem se pode confiar?


PBP

20 de Dezembro

Um bom presente que podemos dar a Jesus que nasce é convidá-Lo a nascer também no nosso coração.
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AVC

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

19 de Dezembro

(Isto está em formato de vídeo mas só tem som. Gosto mesmo muito desta música, por isso decidi partilhá-la aqui!)

MRB

18 de Dezembro

Nós, pessoas adultas (tenho quase 21 anos....sou adultíssima.... ou então não, mas faz de conta que sim...) temos um bocado a mania que quando nos deixam sozinhos com uma criança estamos nós a tomar conta dela. Aqui há umas semanas deixaram-me a tomar conta de um bebé. E ele, com uma cara de anjinho, tomou conta de mim! Todos temos lutas difíceis, e o facto é que nesse dia, ter aquele bebé nos meus braços, ocupou-me, e ajudou-me a ganhar essa luta, que sem ele teria sido mais difícil. E ele dormiu descansado nos meus braços, com a tal cara de anjinho - Tem razões para tal! Eu também dormiria assim, se soubesse que estava a ajudar alguém, como ele me estava a ajudar a mim!
Lembrando-me deste dia, penso que temos muito a ganhar se de vez em quando deixarmos alguma criança a tomar conta de nós!


MRB

17 de Dezembro

No Natal a casa é arrumada com um cuidado especial, o jantar é preparado com igual cuidado, e embora sem ser de uma maneira formal também nos podemos vestir com um cuidado especial...considerando que aquela vai ser a noite de Natal, e a família vai lá estar reunida. Mesmo que se vista a roupa de todos os dias, é vestida com um carinho especial - estamo-nos a arranjar para uma noite única no ano!
Tudo isto é muito bonito, mas tudo isto é apenas exterior.
E interiormente? Arranjámos a nossa alma? O Natal é uma altura excelente para nos reconciliarmos com Deus, através da confissão. (Na verdade todas as alturas o são... mas esta em especial!)

MRB

16 de Dezembro

Que Te posso dar de presente de anos?

MRB

15 de Dezembro

"Olha, Jesus! Vê como está enfeitada a cidade de Lisboa (e tantas outras)! É para comemorar o Teu aniversário!"
Era bom se pudessemos dizer isto acreditando que de facto é esta a razão de todos os enfeites de Natal. Pode até nem ser assim, e os enfeites podem estar lá para atrair a atenção da população para as lojas, para promover o comércio. Ou porque simplesmente já faz parte do quadro típico do Natal, e se assim não fosse não seria Natal - apesar de já não se saber muito bem o que é essa festa.
Alguns enfeites de Natal (nas ruas e mesmo dentro das nossas casas) têm um significado mais autêntico que outros. O facto é que, pelo menos no meu gosto pessoal, muitos deles são bonitos (as árvores da Avenida da Liberdade por exemplo estão lindas, bem como a Avenida da Igreja!). Podem não estar lá para comemorar realmente o nascimento de Jesus... mas eu posso dizer à mesma "São para Ti!" É que se são bonitos, podemos oferecer essa pequena alegria a Jesus, partilhá-la com Ele. Assim "resgatamos" enfeites ao natal frio, e estes passam a ser enfeites do Natal autêntico.

MRB

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

14 de Dezembro


Para um pecador se arrepender genuinamente, precisa de chorar aquilo que fez. Com amargura. Choro com o coração - este choro é que interessa, e não as lágrimas de crocodilo.
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Tal como aconteceu com Pedro depois do galo ter cantado segunda vez - arrependeu-se, chorou.
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Este é o verdadeiro arrependimento, porque traz consigo a firme vontade de não tornar a pecar - mesmo que mais tarde voltemos a incorrer na mesma ou noutras faltas.
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Para chorar, precisamos de ter um coração sensível, coração esse que só conseguimos ter à medida que vamos fazendo de Cristo o centro da nossa vida - pois é Ele que nos pode dar um coração novo.
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Examino o que fiz. Choro. Confesso-me. Tudo o que está para trás, lá atrás ficou. E naquele instante em que me confessei, tenho comigo o Espírito Santo.
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Nesse momento sou feliz, pois sei que estou santo!
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AVC

13 de Dezembro

Pai
do Céu:
Santo Deus
que nos trazes o Reino.
Faça-se a Tua vontade
em todo o lugar.
Obrigado por tudo
quanto nos dás,
Perdoa-nos as ofensas,
que nós perdoamos quem nos ofende.
Impede-nos de ceder a tentações,
liberta-nos do mal!
Por favor. Obrigado
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AVC

sábado, 13 de dezembro de 2008

12 de Dezembro

Há muito muito tempo, num reino não muito distante, surgiu um grande pintor! Os seus quadros eram os mais lindos e maravilhosos do mundo, não havia nem nunca houve artista igual. Toda a gente que contemplava as suas obras (mesmo aqueles que desconheciam o autor) paravam e ficavam deslumbrados. O pintor também gostou muito das obras que criou, porque continham uma beleza gigante, e tinham sido feitas com amor e dedicação - ele tinha dado o melhor de si!
Quando as suas mais bonitas obras tinham já sido criadas, ele teve um filho. Este não tinha a mesma perfeição, mas ainda assim era parecido com o pai.
O grande artista tinha gostado muito das obras que tinha criado, e portanto estas mereciam respeito, inclusive do seu filho.




Um dia surgiu um palhaço (é que havia um circo ali ao pé) e disse assim ao filho: "Acho que devias sair da casa do teu pai. Aliás, acho mesmo é que devias deixar de existir. Já viste como são lindas as criações dele? E tu estás a roubar espaço aos quadros, em casa. Além disso está-se mesmo a ver que como és desastrado, qualquer dia ainda estragas alguma pintura!"
Então o filho ficou muito baralhado, porque o palhaço tinha uma certa razão - ele era realmente desastrado e já lhe tinha acontecido tropeçar nos quadros. Pensou assim: "Que estarei eu a fazer aqui afinal? Só estou a atrapalhar as criações do meu pai! Será que era mesmo suposto eu existir?"

O pai-pintor chegou, e como entendia o filho extraordinariamente bem (mais do que o filho se entendia a ele próprio) percebeu o que se passava e disse: "Meu filho....é verdade que as minhas criações são belas e portanto merecem respeito e algum cuidado. Mas de modo nenhum tu te deves por depois delas. És meu filho! És alvo de um amor muito maior! Nasceste à minha semelhança!"


MRB

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

11 de Dezembro

"Recebam o Espírito Santo: àqueles a quem perdoares os pecados, estes serão perdoados; àqueles a quem retiveres, serão retidos" (João 20,22-23).

"Tudo o que ligares na terra será ligado no céu e tudo o que desligares na terra será desligado no céu" (Mateus 18,18).

"Muitos dos que haviam crido vinham confessar tudo o que tinham feito" (Atos 19,18).

"Confessem os seus pecados uns aos outros" (Tiago 5,14-16).


MRB

10 de Dezembro

O valor de algo que fazemos não está somente no seu resultado final, mas está principalmente na acção em si - naquilo que fazemos e na maneira como o fazemos. Por exemplo, dar esmola é, à partida, sempre bom. Mas se apenas o fizer no intuito de me sentir melhor comigo próprio (e para "aumentar a minha auto-estima", poção mágica que está tanto na moda...), não é por dar esmola que estou a deixar de ser egoísta. Dar esmola é uma acção que vale por si, exprime amor pelo próximo, e por isso é sempre desejável, independentemente de se no fim me sinto melhor, pior, ou na mesma.
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AVC

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

9 de Dezembro

A morte é difícil de entender. Quando vivemos a morte de alguém que nos é próximo, pode servir para nos afastar de Deus (Porque é que Ele permitiu isto?!) ou para nos aproximar. Afinal, se quem morreu nos era querido e está no Céu, então é mais alguém que temos a interceder por nós todos os dias. Há um certo reformular da relação que tinhamos com quem morreu. É que junto com o corpo da pessoa que morreu, morre também o seu lado mau, os seus defeitos - sobram só as qualidades, o lado bom em todo o seu esplendor. E quando realmente amamos quem morreu, então a pessoa torna-se ainda mais presente nas nossas vidas do que antes. Então descobrimos que sabemos o que aquele que perdemos iria achar deste ou daquele assunto, ou que género de coisas diria em determinados momentos. Passamos a estar mais protegidos, e pode cair o mundo contra nós, não faz mal porque não estamos sozinhos - Já tinhamos Jesus, Maria, o nosso Anjo da Guarda, e todos os santos do Céu. E agora temos esta pessoa que gosta tanto de nós, e que viveu connosco também fisicamente e a quem nós conhecemos sob um ponto de vista terreno. Sente-se a presença e a protecção. Não é por isto que se deixa de ter saudades. Será que a falta da pessoa vai doer toda a vida? É bem capaz. Temos o consolo que quem perdemos, e se acreditamos que está no Céu, está melhor. Temos o consolo que a relação que tinhamos não morreu.
Então, se quem morreu está no Céu, está com Deus... isto acaba por reforçar a minha Fé! Pois torna-se mais óbvio que existe vida após a morte, Céu, Deus, Jesus! Assim cresce a Fé, no sofrimento.
MRB

8 de Dezembro

Às vezes vejo a cidade onde vivo algo caótica. No meio do trânsito, de gente aos encontrões e a praguejar, de datas de entrega de trabalhos a aproximarem-se verozmente, de medos, vícios ou simples rabugices... é possível encontrar um pouco de paz e calma, quando por exemplo penso e imagino a minha Mãe, Maria. Como seria o sorriso dela? Tanto que ela deve desejar aproximar-nos do Filho dela! Deve tomar conta de nós com tanto amor e cuidado. Esta data é dedicada a ela, que nos trouxe Jesus. Que bom e imprescindível é, termos a ajuda da própria mãe de Deus nesta luta pelo Céu!
"Isabel clamou em alta voz e disse, Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lucas 1,42).
"Eis que daqui por diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada" (Lucas 1,48).
MRB

domingo, 7 de dezembro de 2008

7 de Dezembro

"É pessimismo dizer que uma pessoa está doente? Não, pessimismo é dizer que está são, estando doente!" (dito por um padre)
Se podemos dar mais do que damos, e não o estamos a dar, é porque estamos doentes. Ainda bem! Era chato se este fosse de facto o nosso máximo - muito débil e cheio de defeitos e fraquezas. Jesus salvou-nos, portanto a cura é possível!


MRB

sábado, 6 de dezembro de 2008

6 de Dezembro

A primeira regra política na China é "respeitar a estação". Com isto, quer-se dizer que o governante deve respeitar a Natureza, e tomar decisões de acordo com os seus movimentos. No entanto, a ciência tem tido a constante tentação de evoluir no sentido contrário: o homem que pretende controlar a Natureza. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. A Natureza foi criada para nos servir, mas também contém em si importantes recados de amor de Deus para nós. Contemplar a Natureza é sempre uma lição. Não esqueçamos, porém, que o homem é, ele próprio, parte da Natureza.
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AVC

5 de Dezembro

Chega o frio do Inverno. Os casacos agasalham o corpo, e a oração aquece o coração.
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AVC

4 de Dezembro

Jesus trouxe-nos o amor para o centro das nossas vidas. Por isso, temos a oportunidade de sermos bons cidadãos. A cidadania é mais que um estatuto, mais do que uma identidade, é a capacidade de gerirmos as diferenças. Tal não é possível se não nos aceitarmos tal e qual somos, e amarmo-nos como irmãos que se respeitam. É preciso saber tocar no próximo sem lhe ferir a intimidade, sem violar a privacidade e a paz de seu espírito. Há que amar. Cidadania é saber viver junto, e é por isso que o cristão tem tudo para ser um cidadão exemplar.
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AVC

3 de Dezembro

Às vezes contentamo-nos com tão pouco que sabemos de Deus... ler a Bíblia é conhecermos o nosso melhor amigo.
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AVC

2 de Dezembro

Jesus morreu por nós, é verdade. Mas também ressuscitou! Por isso, vamos deixá-Lo viver em nós e todo o mundo ganha com isso.
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AVC

1 de Dezembro

Deus está connosco, e nós estamos em paz quando estamos com Ele!
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AVC

30 de Novembro

O "próximo" não é este ou aqueloutro que me dá jeito que o seja, mas todo aquele que de mim precisa. Reconhecer Jesus na Eucaristia permite-me reconhecer melhor Jesus nos mais pobres. Como não devo fazer esta espécie de julgamentos das pessoas que comigo se cruzam, os mais pobres são todos, todos eles, a começar por mim.
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AVC

29 de Novembro

O amor tem mais a ver com gestos que com palavras. As acções que se propõem fazer quase nunca "têm mal". Mas a pergunta que se deve fazer não é "qual é o mal?" e sim "qual é o bem?". O mais importante no amor é o compromisso e a entrega. O sentimento é secundário no amor, porque depende de coisas como o perfume, as luzes das velas, a música, a bebida, o ambiente externo, etc.. Embora possa ser importante no princípio, o sentimento não conta tanto no desenvolvimento da relação, pois surge e dissipa-se muito facilmente. O sentimento é inconstante, exactamente como a relação não deve ser, e o amor é que segura tudo, revelando-se como o essencial. Já agora, Deus é amor.
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AVC

28 de Novembro

A entrega consiste em aceitar a vida do outro e dar a minha vida também. Esta partilha deverá ser feita a vários níveis: família, trabalho, falar de mim e ouvir o outro, financeiramente, e física. A relação está equilibrada quando estes factores também o estão. Mas... se está equilibrada e suficientemente aprofundada, porque não casam?
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AVC

27 de Novembro

Deus ama-me com o feitio que tenho, tal qual eu sou. Mas mudo, para abrir mais espaços no meu coração e criar oportunidades para O acolher melhor na minha vida.
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AVC

26 de Novembro

O meu coração marginaliza tanta gente... e Deus continua a vir ao meu encontro, de várias formas distintas. Por exemplo, a dor no perdão é sinal de purificação no amor (o que arde, cura!). Trata-se de Deus a dizer-me que estou a lavar o coração.
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AVC

25 de Novembro

Quando não agimos da forma que pensamos, passamos a pensar da forma que agimos. Sexo sem amor é pecado, e este é o risco do consumismo nas relações: querer tudo na hora, confundindo completamente o conhecimento sexual (que se dá aos poucos, com prudência e naturalidade, e é desejável numa relação de amor) e o conhecimento genital, abrupto, fast-food.
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AVC

24 de Novembro

Pecado é a recusa consciente e livre da vontade de Deus, e a vontade de Deus manifesta-se nos 10 mandamentos e na minha consciência. Uma pessoa não pode pecar sem dar por isso. O pecado isola, e o homem precisa desesperadamente (mas com esperança) de Deus.
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AVC

23 de Novembro

Não faria nem metade do que faço se não fosse Deus. Os aplausos são para Ele. Os sucessos são d'Ele. Eu sou só um instrumento.
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AVC

22 de Novembro

Deus transforma-nos por dentro. Senhor, desfazei-me o coração de pedra e dai-me um coração novo.
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AVC

21 de Novembro

Em tempo de estudo, reduzo (nem sempre) o meu tempo de oração, mas não o anulo. Deus não concorre com o estudo, se me puser diante de Deus antes de começar a estudar, faço do meu estudo uma missão de Deus. Tempo de estudo não é tempo de escrever cartas, é tempo de mandar postais. Trabalho como se tudo dependesse de mim, e confio porque o sucesso depende de Deus. Descanso, e se correu bem agradeço a Deus, por uma questão de educação. Não devo ficar com peneiras nem ser supersticioso.
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AVC

20 de Novembro

Amar é diferente de acreditar. Os demónios também acreditam em Deus, mas não o amam, amar é um passo depois, maior.
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AVC

19 de Novembro

Superstição é relacionar-me com os meios (objectos) e neles pôr o meu fim, o que resulta sempre em escravidão. Em vez disso, relaciono-me com Deus, converso com Ele, escuto-O, rezo, pois Ele é o verdadeiro fim. Prefiro a fé à "fezada" e por isso sou livre.
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AVC

18 de Novembro

Copiar num teste é uma fraude, não é lícito que um cristão recorra a copiar. Jesus não o faria.
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AVC

17 de Novembro

Estamos em constante conversão, temos de estar. Pois há áreas pagãs em mim, no meu corpo, no meu espírito, e o Baptismo que recebi na cabeça demora tempo a chegar aos pés.
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AVC

16 de Novembro

A alegria nem sempre vem de Deus, Deus pode agir em nós como remorso. Ainda assim, nem todos os remorsos são de Deus. Há que tentar discernir o que é e não é de Deus, em cada situação.
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AVC

15 de Novembro

Conhecer-me a mim próprio instrui-me na liberdade interior. Se sou pirómano, evito contemplar o pôr-do-sol, e se sou cleptomaníaco evito oferecer-me para ir sozinho ao supermercado fazer as compras da casa. Felizmente não sou um nem outro, mas também tenho as minhas matérias a evitar, no uso da minha liberdade.
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AVC

14 de Novembro

Não tomo posse para que a posse não me tome. Apenas administro o que é de Deus, e assim consigo respirar a liberdade.
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AVC

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

13 de Novembro

"Debaixo do céu há momentos para tudo, e tempo certo para cada coisa:
Tempo para nascer e tempo para morrer.
Tempo para plantar e tempo para arrancar as plantas.
Tempo para matar e tempo para curar.
Tempo para destruir e tempo para construir.
Tempo para chorar e tempo para rir.
Tempo para gemer e tempo para bailar.
Tempo para atirar pedras e tempo para apanhar pedras.
Tempo para abraçar e tempo para se separar.
Tempo para ganhar e tempo para perder.
Tempo para guardar e tempo para deitar fora.
Tempo para rasgar e tempo para coser.
Tempo para calar e tempo para falar.
Tempo para amar e tempo para odiar.
Tempo para a guerra e tempo para a paz."
(Ecl. 3, 1-8)


MRB

12 de Novembro

Talvez já vos tenha acontecido alguma coisa deste género. Ao ler a Bíblia, os livros dos Reis, às tantas existe uma parte em que em diversos reis de Israel o relato anda à volta disto: "e veio o rei X e fez o que Javé reprova, esquecendo o Deus dos seus antepassados. Reinou X anos e morreu. O Seu filho Y sucedeu-lhe no trono, e fez o que Javé reprova, seguindo o exemplo do seu pai". Depois lá vem um de quem se diz "e fez o que Javé aprova", mas o filho dele volta a "fazer o que Javé reprova". Como consequencia destes maus comportamentos surgiam problemas em Israel. Estando a ler isto e observando a história deste país, tenho um bocado a tentação de pensar "mas que urso! Porque voltou a fazer o que Javé reprova? Que parvoíce! Porque voltou à idolatria?!" Depois apercebo-me que o mesmo se aplica a mim, a cada disparate, vício ou erro meu... "mas que ursa!"... bem... é lutar para deixarmos de ser "ursos"!

MRB

domingo, 30 de novembro de 2008

11 de Novembro

Estava aqui a reparar que não és apenas o Deus de quem sempre me falaram no colégio onde estudei. Nem és apenas o Deus em que poucos acreditam nas faculdades de hoje. Nem és apenas o Deus de grupos juvenis. Não és apenas o Deus que em alturas parvas desprezei, e em alturas de arrependimento pedi perdão. Não és apenas o Deus dos meus pais e avós. Não és apenas o Deus que me consolou quando estive triste. Não és apenas o Deus que encontro ao pé de Sete Rios, ao pé do Lumiar, ou na Rua da Vitória. Não és apenas o Deus de quem bons livros me falaram. Nem apenas o Deus que caminha connosco em peregrinações, sejam estas até onde forem.
És o Deus de tudo isto e muito mais - de toda e qualquer realidade que vivi. De toda e qualquer realidade que qualquer um de nós viveu, vive, ou viverá.

MRB

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

10 de Novembro


Como saber o que é a felicidade!? Esta vem do materialismo? Será que os meninos ricos são mais felizes que os meninos mais pobres? Não necessáriamente. Pois, então, como se ser feliz?


Diria que a medida da pureza, da caridade, da humildade, de entrega, numa palavra, da santidade do teu coração, é a medida da tua felicidade. Cada vez tenho mais a certeza desta reflexão.
PBP

9 de Novembro

Ao olhar para o nosso lado, por vezes, deparamos com intrigas, murmuração, impureza. No entanto, nem tudo é defeitos. Existe uma minoria que luta pela Santidade, e cujos frutos indicam que a pessoa é de Deus.

Sem dúvida que estamos chamados a sermos perfeitos. O que te detém?
O mundo hoje precisa de exemplos de valentia, de amor.


PBP

domingo, 23 de novembro de 2008

8 de Novembro

"Para que serve um estudante que não estuda?" (S. Josemaria)

Pergunta tramada...

MRB

7 de Novembro


Lutar cansa. Lutar é chato. Lutar é difícil. Lutar é complicado. Lutar contra a maré exige muito esforço. Lutar contra nós mesmos exige mais esforço ainda. Lutar implica um exercício da vontade muito grande. Lutar todos os dias implica não ter férias de lutar. Lutar, em certas lutas, é quase impossível. Lutar é para parvos. Lutar é para tótós. Lutar é para beatos. Lutar é para ingénuos que ainda acham possível vencer lutas. Lutar é enfim, um desperdício de tempo e de forças.

Por Amor?

Lutar vale sempre a pena. No fim da luta, ainda haveremos de rir de tudo isto.


MRB

6 de Novembro

Quando cheguei ao secundário Deus pôs no meu caminho uma pessoa bastante especial. De início achei que ela não teria muito em comum comigo... ela tinha um ar tão arranjadinho e certinho, e eu sempre fui tão baldas...
Mais tarde descobri que o ar certinho era apenas aparente, e como eramos do mesmo agrupamento, fomos falando e tornamo-nos grandes amigas. Quando chegou o fim do 12º ano, custou-me imenso deixar de ser colega dela. Passamos parte das férias desse ano juntas, e continuámos a combinar coisas na faculdade. Então ela mostrou que era capaz de ser sempre amiga: em momentos de riso e palhaçada, em aulas chatíssimas, em saídas com amigos, e mesmo nos momentos mais difíceis e tristes da minha vida, ela teve a coragem de ficar comigo e me dar apoio.
Hoje em dia não nos vemos todos os dias, como dantes. Nem falamos todos os dias. Pode até passar uns tempinhos sem termos notícias uma da outra. Mas é das pessoas em quem eu mais confio. E apesar de se passarem esses tempos sem notícias, quando falamos, é como antes, com a mesma confiança! É uma amiga "do meu mundo", que me conhece e que eu conheço, e a quem devo muito.
Decidi escrever isto pois ainda agora, e pela milésima vez na minha vida, pude contar com ela. Pela milésima vez me ajudou.
Obrigada meu Deus, por me ajudares tanto através dela!

MRB

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

5 de Novembro

Que têm os medos e os vícios em comum? O que são?
Vejo os vícios como uma espécie de correntes, que pusemos lá voluntariamente, de formas mais ou menos intencionais, e que nos tiram a liberdade. Na maior parte das vezes são correntes retiradas daquilo que é fácil. Os medos nem sempre acorrentam e nos tornam presos à nossa (falta de) vontade, como os vícios... mas também podem acorrentar-nos, no caso dos medos paralisantes: "A motivação para o sucesso tem de ser maior do que o medo de falhar" (a frase está entre aspas porque não é minha, mas está sem autor pois não me lembro de quem é).
Um medo pode ser construtivo (se por exemplo, por medo de chumbar, fizer com que estudemos) ou pode ser destrutivo (Tenho tanto medo de falhar num teste que nem me vou esforçar, pois não acredito na hipótese de passar; Tenho tanto medo de me magoar num relacionamento com outra pessoa que me vou isolar e não vou contar com ninguém, etc.)
Se no meio dos medos nos lembrarmos de Deus, e que só Ele basta, sentimo-nos mais seguros, e o gigante e aterrorizador medo tende a tornar-se mais pequeno. Assim quebramos essas correntes e ganhamos a liberdade de tentar e de construir.
Restam-nos os vícios...que fazer com eles? Os que não os temos, evitar tê-los. Os que temos, ir corrigindo e destruindo pouco a pouco, ir martelando as correntes pouco a pouco, até que quebrem e nos deixem ser mais livres, mais senhores de nós mesmos.

MRB

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

4 de Novembro

Sabem aqueles dias em que, no meio de um frio de Inverno quase a chegar, se põe a brilhar um sol mesmo quentinho e confortante? Gosto mesmo desses dias. Sobretudo quando me lembro que são um presente de Deus. É sempre bom agradecer quando recebemos um presente!

MRB

domingo, 9 de novembro de 2008

3 de Novembro

Esta BD foi feita com influências do livro "Admirável Mundo Novo", e da realidade.

MRB

sábado, 8 de novembro de 2008

2 de Novembro

Por vezes tenho o receio de esquecer-me daquilo que é mais importante. É bom ter ambição de querer ser melhor, de adquirir mais valias. Mas mais importante do que as coisas temporais, são os assuntos eternos, "onde o ladrão não rouba e a traça não corroi."

Não conhecemos o dia de amanha. "Façamos todo o bem que nos é possível", como dizia a Irmã Mary Jane Wilson.


PBP

sábado, 1 de novembro de 2008

1 de Novembro

Hoje é dia de todos os Santos! Noutro dia, falando desta data, um amigo-irmão meu disse "acho altamente discriminatório, há o dia de todos os Santos, e não há o dia de todos os Silvas, nem de todos os Sousas! Aposto que existem mais Silvas em Portugal do que Santos!". Ehehe, talvez ele tenha razão, mas visto que dia 1 de Novembro é mesmo dedicado aos Santos (todos aqueles que estão no Céu!), Falemos com eles!

Rainha de todos os Santos, rogai por nós!

São José, rogai por nós!
São Tiago, rogai por nós!
São Josemaria, rogai por nós!
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!
São João de Brito, rogai por nós!
Santa Isabel de Portugal, rogai por nós!
Santa Rita de Cássia, rogai por nós!
São Miguel Arcanjo, rogai por nós!
Santo António, rogai por nós!
São Pedro, rogai por nós!
São Paulo, rogai por nós!
São Nicolau, rogai por nós!
Santo Agostinho, rogai por nós!
São Francisco Xavier, rogai por nós!
São Francisco de Assis, rogai por nós!
Santa Mónica, rogai por nós!
São Manuel, rogai por nós!
Irmã Mary Jane Wilson, rogai por nós!
Irmã Lúcia, rogai por nós!
Beatos Francisco e Jacinta Marto, rogai por nós!
São Rafael, rogai por nós!
São Gabriel, rogai por nós!
Santa Joana princesa, rogai por nós!
Santo André, rogai por nós!
Santo Estevão, rogai por nós!
João Paulo II, rogai por nós!
Madre Teresa de Calcutá, rogai por nós!
Santa Maria Madalena, rogai por nós!
Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!
São João, rogai por nós!
São Mateus, rogai por nós!
São Lucas, rogai por nós!
São Bernardo, rogai por nós!
São Sebastião, rogai por nós!

(Aos autores do blog, peço-vos que quando passarem por aqui editem o meu post e acrescentem os Santos que entenderem, e juntem a vossa assinatura à minha! Aos não autores do blog que passem por aqui, queiram por favor continuar esta lista na caixa de comentários:))

MRB

31 de Outubro

Escrevo este post para partilhar um pensamento que às vezes me passa pela cabeça: "Porque raio continuo eu a querer saber mais sobre este ou aquele assunto, se quanto mais formo a minha consciência nesse sentido mais difícil fica de viver de acordo?!"
Disse-me uma vez um amigo meu, a brincar sobre esta questão "às vezes não dá jeito nenhum!"
De facto, se as fronteiras entre aquilo que devo ou não fazer se tornam cada vez mais nítidas e claras, à primeira vista é chato, pois quando estas fronteiras eram menos claras podia estar a fazer coisas erradas sem saber que as estava a fazer. Assim, mantendo-me na ignorância, podia portar me mal e sem peso algum na consciência!

Porquê querer saber a verdade? Para quê querer saber mais?

Porque Jesus é o Caminho, a VERDADE e a Vida! Logo, se buscamos a verdade, buscamos Jesus. Aproximamo-nos d'Ele. Por outras palavras, trocamos a ignorância mais ou menos desculpavel pela Sua companhia - e esta já é uma boa razão para insistirmos em formar a nossa consciência.
Por outro lado, a ignorância por vezes poderá ser culpável. É preciso mexermo-nos!
Conclusão e resolução: Na dúvida, investigar em fontes confiáveis.


MRB

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

30 de Outubro


A pena é dos sentimentos mais enganadores que se pode ter porque, ao tê-la, penso que estou a aliviar a dor do próximo e, quanto muito, antes pelo contrário.

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AVC

29 de Outubro

Ontem, celebrou um grande amigo meu, 22 anos e 9 meses de amizade com Deus, e 22 anos de nascimento. É uma pessoa exemplar, embora não tenha noção que é um bom exemplo. Não gosta de peregrinar, sem saber que já peregrina. É generoso, ainda que às vezes se gabe que é forreta. E é um óptimo amigo de infância, daqueles raros que confio que fica para sempre. Podia pôr aqui uma nossa fotografia de uma qualquer festa de anos cá em casa, mas não a encontro e desconfio que já seria demasiado piroso. Fica a intenção.
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Quero agradecer a Deus a vida deste meu amigo, a sua lealdade, a sua amizade, o seu exemplo de vida, os seus princípios, a sua rectidão de carácter. Quero pedir a Deus que me continue a conceder oportunidades para lhe retribuir toda a amizade. Peço também, principalmente, que o continue a abençoar por todos os anos desta peregrinação terrena, bem como à sua amável família e a todos os seus amigos.
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AVC

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

28 de Outubro

Era uma vez um pai que fazia anos. Os seus dois filhos decidiram juntar-se os dois para ver qual o melhor presente que poderiam oferecer ao pai. Um achou que era o presente X o mais correcto e que mais agradaria ao pai. O outro considerou o presente Y. O primeiro filho começou a levantar o sobrolho pela discordância, e o irmão começou a dizer que a ideia do outro era um disparate. No fim acabaram os dois zangados no dia de anos do pai. E o pai sentiu-se triste... "Que bom, deram-me o presente X e Y... mas, se ao menos me tivessem dado o presente de ser amigos e estarmos todos unidos e alegres neste dia...!"

Somos católicos? Sejamos unidos, para maior alegria do nosso Pai.

Rainha da Paz, rogai por nós!


MRB

27 de Outubro

O fundamentalista e o extremista são para mim criaturas diferentes. Se o fundamento for bom, seja-se fundamentalista, e também o quero ser: fiel ao fundamento, ao principal, ao imprescindível da verdade. O que se afastar do núcleo são vestimentas que ponho e dispo consoante vou percebendo a melhor maneira (que ao longo do tempo não é sempre a mesma) de mostrar aos outros aquele núcleo belo das verdades fundamentais em que acredito. Deste ponto de vista, nada tenho contra ser eu próprio um fundamentalista. Já o extremista, que em vez de se apoiar no núcleo apoia-se nos extremos, esse tem dificuldade em perceber a riqueza do núcleo, porque por ele mal se deixa tocar. Torna-se intolerante e narciso defende o extremo e ataca o núcleo. E como os extremos se tocam, tão facilmente cai na incoerência de atacar aquilo que defende e defender aquilo que ataca. Tanta é a sua ira, que se torna surdo, cego, parcial, faccioso. O extremista perdeu a noção das prioridades, e por isso se assemelha ao fariseu: Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo. (S. Mateus, 23, 24)
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AVC

26 de Outubro

O mínimo dos mínimos que posso esperar de quem quer discutir algo comigo, é honestidade intelectual. Só assim começa a haver condições para que as pessoas se entendam e respeitem. Mesmo que no fim continuemos com as iniciais posições, sabemos que a plataforma para o diálogo existe e pode ser posteriormente retomada.
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Agora, o que fazer com quem se aproxima usando uma argumentação desonesta e subterfúgios mal-intencionados? Como retribuir àquele que connosco só discute com a vaidade própria de quem só está interessado em falar e não em ouvir? Tal como a todas as pessoas, incluindo os inimigos, é-nos pedido que amemos. Rezar por essa pessoa já é bom, já é amá-la. É um bom primeiro passo. Depois, para mais desenvolvimentos, há que ter a prudência e o tacto para perceber duas coisas.
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Em primeiro lugar, perceber se devemos ou não acusar a sua desonestidade, e de que maneira. Por exemplo, quando a discussão é pública e o efeito potencialmente grave, pode ser importante denunciar as falhas para aquele argumento pernicioso não sair impune. Aqui deve entrar também a virtude da temperança, tão difícil de a nós chamar quando os ânimos aquecem. Mas o português tão bem reconhece que "quem não sente não é filho de boa gente".
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Em segundo lugar, é sempre altura de aplicar a regra do tanto-quanto: aproximo-me das pessoas e das coisas tanto quanto elas me aproximam de Deus, e afasto-me delas tanto quanto elas me afastam de Deus.
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O mínimo para amar o inimigo, é rezar para que a sua alma não se perca e encontre a paz em Deus. Tudo o resto, deverá ser medido de acordo com a nossa consciência que se quer prudente e educada na fé em Cristo.
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AVC

domingo, 26 de outubro de 2008

25 de Outubro

Escrevo este post porque temo que muita gente considere Freud o génio número um da área da psicologia, e temo que essas pessoas considerem que todas as suas ideias são consideradas cientificamente correctas (ideias essas como a existência de uma sexualidade infantil, como sermos determinados por forças inconscientes - que é o mesmo que dizer "não somos livres, não somos responsáveis pelas nossas acções" e umas quantas outras ideias que basicamente reduzem o homem a um ser dominado por forças a que o autor dá o nome de pulsões).
O texto que se segue é retirado de um manual de psicologia da personalidade de Michel Hansenne:

"A comunidade científica actual olha esta teoria de forma bastante crítica, e isto por inúmeras razões. O maior problema reside na circunstância de a teoria ser dificilmente testada. De facto, os conceitos desta teoria são, na maioria dos casos, vagos e ambíguos, não sendo descritos de modo operacional (por exemplo, qual é a definição operacional de líbido?). (...) Outra crítica igualmente dirigida à teoria psicanalítica radica no facto de a mesma se basear no método do estudo de caso que, como todos sabemos, comporta uma grande subjectividade. Na medida em que intervinha como terapeuta, Freud (...) seleccionava criteriosamente os doentes, escolhendo apenas pessoas jovens e inteligentes, fazendo as suas obras menção a apenas uma dezena de doentes. Este número constitui uma base de dados pobre para desenvolver uma teoria da personalidade. Ainda mais problemáticas são as fontes históricas relativas a estes doentes. Diversos estudos históricos consultados acumulam informações gravosas, denunciando o que, cada vez mais, configura uma invenção inverosímil. (...) Hans era filho de um amigo de Freud, que o "homem dos lobos" , interrogado mais tarde, negou ter dito o que sobre ele fora escrito, que Freud não respeitava nada o segredo profissional, ameaçando algumas pessoas que analisara de desvendar os seus segredos mais íntimos(...) e que escreveu nas suas cartas, por diversas vezes, estar convencido de uma perturbação psicológica se dever a tal ou tal fenómeno, não tendo tido porém, ocasião de o verificar(...).
Freud tinha o mau hábito de generalizar a partir de um caso, caso esse supostamente curado, embora na realidade assim não fosse. Enganava o público relativamente aos seus tratamentos. Por outras palavras, a sua teoria é uma construção intelectualmente brilhante, revelando apenas material puramente especulativo(...)."

MRB

sábado, 25 de outubro de 2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

23 de Outubro

É com desagrado que noto que ultimamente tem voltado à ribalta a questão da Missa ser celebrada ou não em latim, e com que ritual: à maneira do Vaticano II, ou à maneira anterior. A Igreja precisa, de tempos a tempos, de rever a sua forma de estar no mundo e de se encontrar com as pessoas, contudo nunca renunciando às verdades fundamentais transmitidas por Jesus, e sobre as quais a Igreja Católica assenta desde sempre. É necessário saber-se viver no mundo para melhor levar a Palavra e a Vida de Jesus a todos, e por isso a Igreja actualiza-se. É isso que tem feito, e o Vaticano II é um bom exemplo disso.
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Será a forma (ou reforma) da Missa prioritária? Desde que o conteúdo fundamental não mude, claramente não é prioritária. Jesus não falava latim, falava aramaico. Voltar ao latim, nesta perspectiva, não é voltar a Jesus. E quanto a mim, voltar ao aramaico também não. É importante que a Eucaristia seja uma celebração compreendida por todos, e bela. É pela cabeça e pelo coração que as pessoas se convertem: com conhecimento da verdade e com vontade de a ela aderir, repectivamente. A Eucaristia deve incentivar ambos os movimentos, apresentando o milagre da transubstanciação da forma mais digna e inteligível. Deus merece, e mais que isso: não esquecemos que Ele veio para nos salvar.
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Pode ser que um dia o Papa, na sua sábia consciência, resolva que voltar às Missas em latim é a actualização certa que a Igreja precisa. E também pode ser que não. Mas, quanto nos importa isso? É de muito relativa importância. Estamos a sobrevalorizar a questão! Facções na Igreja, que se brigam com tanta veemência, deviam pôr as mãos na consciência e ver o que estão a fazer. O importante é que não nos desliguemos das origens da Igreja, que nos actualizemos sempre respeitando os 10 mandamentos e a Bíblia, principalmente o Novo Testamento! Isto sim é essencial! É isto que decerto acontecerá, como foi o que aconteceu até agora.
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A Igreja compõe o Corpo Místico de Cristo. Nós somos Igreja. Que nenhum membro se separe do corpo só porque a vestimenta não é do seu agrado. Fazer parte da Igreja não é uma questão de modas, gosto/não gosto, mas sim de profundidade. Ser-se cristão é mergulhar as raízes da nossa fé em Cristo, e é este amor no Espírito Santo que nos une enquanto irmãos e enquanto Igreja que somos. Não separe o homem o que Deus uniu - também aqui vale esta máxima de Jesus. Se não construímos, destruímos. Há que perceber que remamos todos para o mesmo lado: viver em Deus e trazer outros a este convívio que nos salva.
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AVC

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

22 de Outubro

Numa conversa de messenger, uma amiga minha escreveu assim:
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"começa fazendo o necessário, depois o que é possível e de repente estarás a fazer o impossível" ..é esse o ânimo que Deus nos dá todos os dias e assim o seguimos sempre.
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Tinha de ficar aqui registado. Obrigado!
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AVC

terça-feira, 21 de outubro de 2008

21 de Outubro

Finalmente, e pela primeira vez desde Maio, o CristalizArte actualiza-se de facto. Apanhámos o comboio do tempo no dia 1 de Janeiro, e Deus tem-nos dado a descobrir muitas coisas novas e pessoas espectaculares ao longo do caminho. Como é normal nos comboios em Portugal, íamos com algum atraso, que felizmente recuperámos à custa de paragens mais breves em algumas estações e apeadeiros. No entanto, a nossa missão é chegar ao fim e convosco caminhar. Peço-vos hoje a oração pelos que contribuem nesta equipa do CristalizArte, bem precisamos da força que a vossa oração nos pode dar. Também nós rezamos por todos quantos passam aqui e nos lêem. Como bem se diz a Oriente, que a paz esteja sempre convosco!
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AVC

20 de Outubro

Tudo o que não se dá, perde-se. Aproveitemos cada dia para amar ao máximo, pois não há tempo a perder!
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AVC

19 de Outubro



Os santos são todos aqueles cujo espírito está com Deus, no Céu. Nós, Igreja, reconhecemos comummente alguns deles, que afirmamos lá estarem. É um processo longo e demorado, para que haja certezas absolutas. No entanto, em nossas famílias podemos confiar que alguns estão no Céu. Sabemos disso. São santos, e por isso são exemplos muito próximos que podemos seguir pois com as suas vidas nos conduzem a Cristo. Senhor, obrigado pelos santos da minha família que me deste a graça de conhecer! Faz de mim um santo também.

AVC

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

18 de Outubro

Amar o inimigo? Coisa difícil, esta que Jesus nos pede... amar aquele que nos quer mal é como responder com rosas a tiros. Parece impossível ser-se amigo de pessoas que nos fazem mal deliberadamente, nem apetece chegar perto. Só se for para lhe dar uns carolos. Pois é, é difícil. Mas não é impossível. Com "amar o inimigo" não se pede que sejamos o seu amigo mais íntimo. Mas rezar é um bom começo. E se nos afastar de Deus avançar mais para esse próximo, ficarmo-nos pela oração já não é nada mau. É querê-lo bem, e é fazer algo por ele, e ele nem precisa de saber. É possível amar através da oração, pois na oração falamos, desabafamos e inspiramo-nos n'Aquele que é amor por excelência.
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AVC

17 de Outubro

A palavra "normal" vem de "norma". A palavra "habitual" vêm de "hábito". Uma norma é uma regra, é aquilo que deve ser. Um hábito é um costume, uma repetição (podendo ser bom - virtude - ou mau - vício).
Hoje em dia diz-se que muitas coisas são normais, mas são anormalidades... que infelizmente são habituais. Desde as relações homossexuais às práticas abortivas ou à eutanásia, a coisas mais simples como mentir, murmurar, etc.
É habitual e uma moda "politicamente correcta" não querer saber de Deus nem das coisas d'Ele no século XXI. Nessa visão as pessoas que vão à Missa são umas grandes totós, quem decide ir para padre é quase um extraterrestre, um par de namorados que opte por ouvir os conselhos da Igreja relativamente a relações sexuais antes do casamento é no mínimo imbecil, e dar importância e conservar os valores que nos foram transmitidos pelos nossos pais é coisa de gente retrógada.
Perdoem-me os "politicamente correctos", mas esse é um mundo altamente anormal para mim!
É na procura por Deus que se descobre um mundo autêntico. (Como disse o AVC, louco, puro para Cristo!)


MRB

16 de Outubro



Facilmente se toma o autêntico pelo louco, e a ele não só se lhe chama louco, como maluco, ou doido, ou excêntrico. Maluquice é mania, e doideira é circunstancial, mas ambas podem ser constantes ao ponto de se lhes considerar doença. Mas, para mim, louco é elogio. O louco muitas vezes é aquele que deixou cair as suas máscaras e por isso se tornou homem ou mulher de uma peça só: puro, nu, o mesmo perante toda e cada pessoa ou circunstância. O louco é autêntico e transparente, mas poucos vêm essa transparência por causa de seus turvos, opacos, baços olhares. Chamam-lhe louco porque não o compreendem, e o louco agradece, feliz por não o compreenderem. O louco é autêntico. É simples e complexo, sem ser simplista nem complicado. Eu quero ser puro, quero buscar a minha autenticidade. Quero ser louco, como Jesus foi. Não tenhamos medo de sermos loucos por Ele.

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AVC

15 de Outubro

Não sou ambientalista radical, nem daqueles fariseus descerebrados que lutam pelo torto direito ao aborto mas contra as touradas já são, porque "coitados dos touritos". Nada disso, sou da opinião que os animais e as plantas foram criados para servir o homem: na bela envolvência, sendo comida, bebida e motores de oxigénio e de vida. Como tal, o homem no mundo pode usar aquilo que o rodeia para as suas necessidades, porque o propósito da criação foi esse, mas claro que deve também respeitar a Natureza, para que esta se encontre em bom estado para igualmente (ou melhor ainda) servir as gerações vindouras. Então, não sou ambientalista radical porque em ordem de importância não ponho as plantas e os animais à frente do homem, antes pelo contrário. Mas sei que devemos respeitar e cuidar a Natureza, pois apesar de estar à nossa disposição, ela não é nossa. É como se fosse um livro emprestado: podemos lê-lo na sala ou no quarto deitados, ou no jardim, e ler as páginas que quisermos, da maneira que quisermos (com música, sem música...) e deixar outras por ler, as que não nos inspirarem na leitura. No fim, o livro há-de voltar ao dono, ou há-de servir a outro a quem o dono empreste para dele fruir. Também assim é o mundo: algo que nos foi emprestado para usarmos e administrarmos como quisermos, dentro dos limites da razão e tentando protegê-lo da ganância e outros desastres pelo homem provocados, como a inestética (as selvas de betão), a crueldade (onde pessoalmente não incluo a tourada, mas onde claramente incluo a despropositada tortura de um animal), a excessiva e incauta poluição, entre outros de semelhante género. O ser humano é administrador do mundo, das coisas do mundo. Não somos donos do mundo, e não nos podemos nem devemos considerar tal.
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AVC

domingo, 19 de outubro de 2008

14 de Outubro

Meu Querido!


Já foi há 2000 anos que vim à Terra. Pois foi! Sendo Deus, Omnipotente, fiz-me pequeno, como tu, para que me aproximasse de ti. Vim, para te dar o exemplo, não para ser servido mas para servir, vim para dar a vida aos homens e para transmitir a Verdade. Estive sujeito ao cansaço, à fome, à sede, contudo não cedi no pecado. Estive no templo a ensinar, multipliquei os pães, fiz vários milagres, etc. Vim por causa de ti!

E tu, meu pequeno, que fazes pelos outros? Olha como a tua comtemporâena Madre Teresa de Calcutá cuidava dos outros, que se “sintia chamada a ajudar as pessoas, a amar cada ser humano”. Vê quanto bem fez esta Irmã minha, que foi ao meu encontro, na pobreza mais extrema!! Não te move e comove o teu coração, as palavras e o bem que fez esta santa de Deus!? Ela disseque “consegues fazer pequenas coisas, com muito amor”. E foi tua comtemporânea. Outro exemplos de santidade existem hoje em dia. Mas, repergunto, que fazes tu pelos outros? Tens medo de entregar-te? Não tenhas. Lembra-te que Eu me dei por ti, na Cruz.

Sim, eu sei! Eu sei que tu és pequeno! Mas sendo, pequeno, podes fazer a diferença, na vida dos outros, e dar sinais + à tua volta. Basta que correspondas à minha graça, que sejas generoso, e que olhes para os outros, com o Meu Olhar. E quantas oportunidades tens diáriamente em dar-te aos outros? Basta um sorrisso, ouvir uma conversa enfadonha quando a ti se dirigiram, saber perdoar, rezar por aqueles que mais precisem,..., numa frase, dar tempo aos outros, frutificando ao teu redor.

E voltando à Madre Teresa, não é visível a felicidade expressa no rosto dela, quando se dava aos mais pobres!?

Eu próprio dei o exemplo! Sendo Rei, escolhi nascer num estábulo, para que percebas que o + importante não é construir a riqueza, para que percebas que a felicidade, mais do que receber, está em dar.

“Não tenhais medo em ser santos”, disse João Paulo II. Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.

Jesus



PBP

13 de Outubro

"Deus concede a Santa Pureza aqueles que a pdem com humildade."


PBP

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

12 de Outubro

Quando se é generoso para com um dos nossos irmãos, Deus individa-nos em generosidade. Não é de admirar que, em circunstâncias da nossa vida, em que fomos ao encontro dos outros, dando o nosso empenho e tempo, sintamos que os outros acabaram por nos dar mais. É presença de Deus, no meio de nós.


PBP

11 de Outubro

Qual o valor da mortificação? Muitos santos se mortificaram ao longo da história, para serem mais valentes. Vem-me à memória os Beatos Pastorinhos de Fátima, por exemplo. Uma mortificação pode ser mesmo um recusar de um chocolate! É misterioso a mortificação. Mas uma optima maneira de sermos senhores do nosso corpo, e não o nosso corpo senhor de nós mesmos.


PBP

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

10 de Outubro

"Não tem grande importância portarmo-nos mal na vida... depois quando formos velhinhos quase a morrer arrependemo-nos, e vamos para o Céu à mesma!" Acredito que exista o risco deste pensamento em muitos de nós. O problema é que há pelo menos duas coisas a dizer em relação a esta lógica.
Disse-nos Jesus: "Não sabeis o dia nem a hora". De facto, quem me garante que amanhã ainda estou por cá? É imprevisível, não somos nós que decidimos.
Mesmo que eu morra numa altura previsível (por exemplo, já velhota e já doente), se não procurei conhecer Jesus durante a minha vida, a coisa talvez se complique um pouco para a minha entrada no Céu. Arrependo-me antes de morrer...óptimo! Mas...de quê ao certo? Surgem remorsos de não me ter portado bem... e porque a essência dos mandamentos nos é natural, todos temos à partida uma consciência que nos permite distinguir o bem do mal. Assim posso me arrepender daquilo que fiz de errado. O problema surge quando não formamos (ou pior, deformamos!) a nossa consciência. Aí, como me posso arrepender, se não sei que fiz mal? Se acho que fiz bem? Parece-me que aqui talvez se torne complicado o que poderia ser mais simples.
O que quero dizer com isto é que para nos arrependermos (mesmo em vida, não falando do momento da morte) do que fazemos mal, antes de mais temos que saber o que estamos a fazer mal. Isto consegue-se através de uma consciência bem formada (que pode ser aperfeiçoada todos os dias). Se eu não me esforçar por viver em Jesus, como vou formar essa consciência?

MRB

9 de Outubro

Este blog desactualiza-se todos os dias. Tal como a nossa luta por Deus - luta por sermos santos. O que significa que cada dia é uma óptima oportunidade para nos actualizarmos para Deus. Para amarmos cada dia mais! De certo modo faz-me lembrar um namoro... cada dia novo é especial, é... novo! Não é por ter amado Deus ontem que hoje já não preciso de O amar. Cada dia novas maneiras, nova criatividade, nova intimidade para com quem nos chama "filhos" - tão bom!

MRB

terça-feira, 14 de outubro de 2008

8 de Outubro



All that is necessary for the triumph of evil is for good men to do nothing.

Edmund Burke

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AVC

7 de Outubro

Dizia um padre, na sua homília:
"Pobre mãe, se tivesse que pedir ao filho ao menos um beijinho por ano!...Mas assim faz a Igreja, ao pedir a cada um dos seus filhos que se confesse ao menos uma vez por ano! Que comungue ao menos uma vez por ano!"

MRB

6 de Outubro

Depois de tantas tentativas, porque continuamos a errar? Porque não somos perfeitos, só Deus o é. E também porque ainda não tirámos toda a sabedoria que podiamos aprender com as nossas falhas. Ainda nos falta caminho. Mas o que nunca nos pode faltar é o ânimo. Nunca, nunca desistir! Para nos convertermos (e estamos sempre em processo de conversão), precisamos de duas coisas: primeiro, ter a fortuna (a que chamamos graça) de descobrir a verdade; segundo, ter vontade de a tornar realidade na nossa vida. E por isso somos livres: não basta acreditar em Deus, em Deus também o diabo acredita. Temos a liberdade de O seguir ou não. Para nos convertermos não chega acreditar em Deus. É preciso ter-se a vontade de O acolher no nosso coração.
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AVC

5 de Outubro


Fez neste dia 865 anos que Portugal se tornou independente, pelo Tratado de Zamora de 1143. Portugal desde cedo se assumiu cristão: pelo povo que a liberdade conquistou com esforço e o sacríficio de muito sangue derramado, e pela sua missão no Mundo: levar o conhecimento de Jesus Cristo a quem d'Ele pouco ou nada sabia. Foi assim por muitos anos, foi através desta pequena mas grandiosa nação que muitos cruzados e missionários puderam levar Cristo tantas pessoas, e a alguns dos cantos do Mundo! Como nação, perdemos algures na história esse desígnio. Mas de uma coisa cuidemos: que como pessoas, os portugueses não deixem cultivar e espalhar o Evangelho pelo Mundo, começando pelas nossas casas, pela Europa, pelos nossos países irmãos, e a acabar em todos! Está-nos no sangue... não desperdicemos este talento! Por esta história fora, desde o princípio há 865 anos atrás até hoje, já nos provámos que somos capazes! Por esta intenção e com Maria (nossa Rainha de Portugal), oremos ao Senhor. Ouvi-nos Senhor!
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AVC

4 de Outubro


As tempestades no mar dão-se à superfície das águas mas, lá em baixo nas profundezas do oceano, as correntes marinhas não se deixam influenciar e seguem o seu curso normal e natural.

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O que achas de ti? És peixe de superfície ou de águas profundas? Como é a tua fé: vacila com qualquer tempestade ou aguenta-se firme na corrente que lhe dá vida?

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AVC

3 de Outubro

Somos santos quando somos bons para dentro e para fora de nós.
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AVC

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

2 de Outubro

Por vezes, as coisas não correm da melhor maneira que prevíamos (por exemplo, no estudo). E então? É motivo de desânimo? Certamente, podemos desanimar. Mas isso ajuda no nosso caminho!? Animo! Fala com Deus, na oração, mostra-lhe as tuas misérias e pede a Sua fortaleza, como um filho a um Pai.

Na nossa vida, por vezes, deparamos com cruzes. Mas Jesus "está connosco até ao fim dos tempos".


PBP

1 de Outubro

"Santidade sem oração!? Não acredito nessa santidade" S. Josemaria


PBP

30 de Setembro

(Não encontro as palavras certas, mas espero que a imagem passe a mensagem que desejava transmitir)

MRB

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

29 de Setembro


Era uma vez um senhor que tinha um carro. O carro funcionava sempre bem, pois o dono ia pondo gasolina, e cuidava sempre para que todos os pormenores que fazem o carro andar estivessem em boas condições (a bateria, nivéis de óleo e água... ). Será que passaria pela cabeça do dono do carro a ideia "Ora, se ele trabalha bem, não preciso mais de lhe por gasolina nem de me preocupar com ele!"? Penso que não.

Se o carro for a nossa Fé, e a gasolina os nossos momentos de oração, e a bateria e esses outros pormenores de mecânica momentos de jejum, sacrifícios ou mortificações,... será fácil acreditar que a nossa Fé funciona bem sem oração?
Por outro lado, se pusermos gasolina no nosso "carro da Fé", arriscamo-nos a que ele avance com muita eficácia: Será o Espírito Santo a fazer-nos mover nas nossas vidas.

Há uma coisa que me alegra e uma coisa que me chateia nesta analogia. Como gosto de guardar o melhor para o fim, falo primeiro do que me chateia: É sempre óbvio para toda a gente que um carro não anda sem gasolina (Quando digo gasolina refiro-me ao combustível genericamente, mas sim, já ouvi falar de gasóleo, heheh). No entanto, muitas vezes esquecemo-nos de que é preciso rezar (falar com Deus) para nos portarmos como Ele quer. Até que os nosso vícios e medos começam a vencer a força de vontade nas lutas diárias - Ups, fiquei sem gasolina...
A coisa boa da analogia é que, se a gasolina está cara... Rezar é grátis! Toca a encher o depósito! (Que, quanto mais caminhamos, mais capacidade ganha!)


MRB

28 de Setembro

Tenho andado a pensar que a pergunta "Quem sou eu?" está bastante relacionada com a pergunta "A que crenças vou lutar por ser fiél até ao fim da vida?". Ao que respondo, como católica que sou:


Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do Céu e da Terra,
De todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação
desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria.
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu Reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só baptismo para a remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos
e vida do mundo que há-de vir. Amen.


MRB

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

27 de Setembro

O Outono é mesmo assim, a estação em que tudo fica velho. As folhas secas desprendem-se e caem, a chuva vem do alto para o chão, mais pessoas morrem e outras vão-se abaixo. Parece que tudo nos puxa únicamente para a tristeza do rasteiro, qual gravidade esquecida - mas, ainda assim, uma lei. Forçados a olhar para o chão reparamos que é aqui, na Terra, onde os nossos pés estão assentes.
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Paramos um pouco e ganhamos consciência da nossa reconquistada humildade - humildade, de "húmus", "terra". É aqui que pertenço: da terra fui feito, ao pó tornarei. Mais baixo não consigo descer e a humildade confunde-se com o caminho para se voltar a ser humilde: a humilhação, venha de fora ou de dentro. Um caminho de amor e de dor, que deixa marcas. As marcas são nos tatuadas com dor, mas são provas do amor vivido, recordações e memórias de tempos perpetuados na alma. Espera lá! Alma? Nem tudo o que sou será pó, afinal!
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Novo ânimo. Sem me esquecer que os meus pés (corpo) estão bem assentes no chão, volto a olhar para o alto, com outra confiança. Eu, folha de Outono que caí, vejo que desta morte renasce uma nova vida. "Húmus" fértil não é problema, sei agora que sou capaz de recomeçar do chão e só assim chegarei ao céu. Em caminhar é que está o prazer de construir. Perdão. De me construir! Com trabalho e alegria.
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Dizia um poeta que "o trabalho é o amor feito visível". É um bom mote para nos mexermos com doçura no coração e nos actos! Não sabemos se alguém nos virá tratar das feridas que temos ou se elas irão cicatrizar por si. Mas sabemos que se curam, temos infinita esperança na cura! Se são feridas de amor, com amor ficarão boas. Se doeram, com dor e ardor serão tratadas. Ficarão apenas marcas de amor, sem dor; porque "perdoei", "tirei a dor".
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E sem esquecer que os pés passeiam na terra e que a luz que me dá alento vem do Alto, ponho-me ao caminho confiante. E, quando der por mim, estou na Primavera... da minha vida!
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As estações do ano são como as estações do comboio e como as da vida: sempre são príncipio de outra viagem, melhor.
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AVC

domingo, 5 de outubro de 2008

26 de Setembro


Recebi agora um e-mail intitulado "a curva do sucesso", que trazia anexada esta imagem, assim, só. Este podia ser um daqueles muitos e-mails que por aí circulam, dizendo alarvidades que provoquem riso fácil. Mas infelizmente, não é só isso. Uma das doenças da educação moderna está aqui bem ilustrada - a cultura do sucesso. O modo de vida que se segue na nossa sociedade é o da cultura do sucesso, do carreirismo, do subir na vida a todo o custo, ter prestígio, ter dinheiro, ter, ter, ter. Mas, se olharmos para o exemplo de Jesus, é um exemplo radicalmente contrário, quase simétrico, ao politicamente correcto e ao socialmente aceite da actualidade. O percurso de Jesus não é ascendente (de subir na vida) mas descendente: Deus humilhou-se fazendo-se homem, e mesmo enquanto homem não parou de se humilhar. Jesus pediu a ricos e a cobradores de impostos que largassem tudo, incluindo as suas carreiras, para O seguirem. Quando fazia milagres, Jesus não procurava o prestígio (muitas vezes pediu que nada do que se passava se contasse), mas mostrar a quem estava ali que ele tinha autoridade nas matérias que ensinava, pois enquanto Deus era (é!) o autor. Jesus combatia a vaidade a que alguns chamam prestígio. Quanto ao dinheiro, que está no topo desta "curva do sucesso", Jesus diz claramente: não se pode servir a dois senhores!, não se pode servir a Deus e ao dinheiro! Esta curva, nada esconde, não tem vergonha nem pudor. Antes, ainda se dizia "fazer amor", agora já nem isso, a expressão usada é clara e inequívoca: "fazer sexo". O topo da curva é dominado pelo materialismo: fazer sexo, ter dinheiro. Felizmente, aos 10 anos e aos 70 (a segunda infância), persistem os amigos. Valha-nos isso. Jesus, que sabe como era e é o mundo, dizia "vinde a mim os pequeninos". Sabia Jesus, como a ignóbil imagem por acaso até mostra, que é nestas idades que por natureza estamos perto da pureza e da salvação. Para nos salvarmos, temos de ser amigos. Pois, é isso, "ser" e não "ter". A imagem grita-nos "ter, ter, ter"! Jesus indica-nos outro caminho para o sucesso: "ser, ser, ser"! E não é "ser" qualquer coisa. É ser com autenticidade! Mas isso, é outra história.
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AVC

sábado, 4 de outubro de 2008

25 de Setembro

Sê valente, quando a preguiça, a soberba e a impureza te sussurrarem aos ouvidos. Assim, terás mais frutos à tua volta.


PBP

24 de Setembro

O homem é um artista, pois é. Que grande artista que é. Sabe fazer engenhocas, sabe fazer coisas agradáveis e bonitas a valer. Podemos comprová-lo, recentemente até se elegeram as novas 7 maravilhas do Mundo. Essas, como outras belas construções semeadas um pouco por todos os cantos do mundo e por todas as culturas estão gravadas na memória de quem por lá passou, e de alguma forma marcam pela sua grandiosidade, ao ponto de ser fácil de se ouvir em conversas "Estiveste nas Pirâmides do Egipto? Ah, também já lá estive!" ou "Foste ao Hermitage? Oh, quem me dera ir lá um dia...!".
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Só que, se olharmos mais friamente para estes monumentos, vemos que não passam de pedra, madeira, ou outros materiais. São todos a mesma coisa, só muda a cor da pedra e a forma como foi esculpida e ordenada (é nisto que pode resultar rezar junto a uma caixa de lego). Mas é verdade. Falo por mim, mas tu certamente também já estiveste em vários prédios, casas, igrejas, monumentos, estádios bonitos e, se reparares, todos são um monte de pedra, ordenado de forma diferente. Quem já viajou muito, pode entrar e olhar para estes lugares com o mesmo gosto... mas olha e neles se desloca de forma diferente. Já viu muito, muita pedra, muitas cores, muitas formas. Pouco muda.
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Há igrejas e casas lindas, e em Portugal podemos encontrar muitas. Mas, de que serve áquele palácio ser do estilo neo-clássico mais requintado e elegante, se está abandonado? Há tantos palácios elegantes e mais bem cuidados por aí que não vale a pena parar mais tempo a olhar para este, a menos que o queira comprar e recuperar. De que serve àquela igreja barroca lindíssima existir se nunca abre, se nunca se mostra às pessoas que nela podem rezar?
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Igrejas e casas belas, monumentos, estádios e outras construções, há-as aos montes. É só pedra, paus, formas. O que faz a diferença é o que está dentro das paredes. Mais bonita é aquela barraca que dentro tem uma família unida e feliz que o palácio habitado por irmãos que não se falam e se querem mal. Palácios, há-os aos montes, famílias como aquelas, nem tanto. Mais bonita é a capela pobre e nua que acolhe a comunidade dinâmica e viva da vizinhaça, que a elegante catedral gótica rica em quadros e em ouro mas pobre em vida comunitária, vazia. Catedrais há muitas, comunidades cristãs empenhadas são especiais, mais, únicas.
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Construções monumentais? Bonitas, sem dúvida, mas inúmeras. O que conta é o que se passa dentro daquelas paredes. Contribuamos para a vida, harmonia e beleza dos sítios por onde passamos, pois só assim significarão realmente algo para quem por lá passa. No mundo de hoje precisamos de encher as nossas casas de família, as nossas igrejas de comunidade, e ambas de Deus, através de nós que também O levamos.
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AVC