a arte de Cristo

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

27 de Outubro

O fundamentalista e o extremista são para mim criaturas diferentes. Se o fundamento for bom, seja-se fundamentalista, e também o quero ser: fiel ao fundamento, ao principal, ao imprescindível da verdade. O que se afastar do núcleo são vestimentas que ponho e dispo consoante vou percebendo a melhor maneira (que ao longo do tempo não é sempre a mesma) de mostrar aos outros aquele núcleo belo das verdades fundamentais em que acredito. Deste ponto de vista, nada tenho contra ser eu próprio um fundamentalista. Já o extremista, que em vez de se apoiar no núcleo apoia-se nos extremos, esse tem dificuldade em perceber a riqueza do núcleo, porque por ele mal se deixa tocar. Torna-se intolerante e narciso defende o extremo e ataca o núcleo. E como os extremos se tocam, tão facilmente cai na incoerência de atacar aquilo que defende e defender aquilo que ataca. Tanta é a sua ira, que se torna surdo, cego, parcial, faccioso. O extremista perdeu a noção das prioridades, e por isso se assemelha ao fariseu: Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo. (S. Mateus, 23, 24)
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AVC

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