Imagina que estás na estação de comboios de Santa Apolónia (tinha logo de ser santa!), mas é a primeira vez que ali estás e não sabes onde é que se compra o bilhete. E também ainda não sabes bem para onde queres ir, só sabes que queres ir para um sítio muito agradável onde acontece tudo o que te faz feliz. Tens várias hipóteses de partida: Porto-Campanhã na linha 1, Entroncamento na linha 2, Vila Real na linha 3, Santarém na linha 4, Guarda na linha 5... muitos comboios, muitos destinos, todos muito diferentes.
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Para onde vou? Qual é o destino que afinal eu escolho? Tanto posso ir parar a um sítio maravilhoso, como posso ter um azar do caneco e ir dar a um lugar que não condiz nada comigo. Para agravar a situação, ficas a saber que há viagens que o seu preço é demasiado alto para arriscares ir por ir, porque depois não há volta possível. Há ainda destinos que custam menos dinheiro e que, com esforço, ainda te podes dar ao luxo de voltar para trás. Mesmo assim é uma chatice porque ficas com menos dinheiro para fazer a escolha acertada. Ainda por cima, só há um caminho certo para ti! Como descobri-lo?
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Até aqui tens andado às voltas para descobrir a bilheteira, descobriste-a e viste mais ou menos os preços (tiveste de os perguntar, não todos claro, alguns, porque o painel só diz os destinos e os horários). Entretanto, encontraste outras pessoas com o mesmo problema que tu - de não saber que destino seguir -, e que também não sabiam onde era a bilheteira. Quando a encontraste, voltaste atrás para avisá-los e viste que alguns conseguiste avisar e voltaram contigo, outros já tinham desistido e estavam a estoirar o seu dinheiro em bebida e revistas pornográficas, e outros já nem sequer os voltaste a encontrar.
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De repente, chega um personagem novo, que não conheces mas que também não estranhas e que, por incrível que seja, parece que ele te conhece muito bem. É como se este funcionário da CP te conseguisse ler os pensamentos, mais, como se ele te conseguisse ler a vida que levaste e soubesse ao pormenor as tuas angústias e preocupações. Uau! E para espanto teu, vês que toda a gente à sua volta parece estar extremamente feliz e despreocupada. Já tinhas reparado neste homem lá ao longe, viste que aparentemente fazia um bom trabalho, ajudando este e aquele, ora porque lhe perguntavam coisas que ele respondia bem, ora quando era ele próprio a tomar a iniciativa de lhes ajudar.
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- Olá, eu sou o guia. Toma as tuas bagagens e segue-me. Eu sou o caminho. A sério, de verdade! Pela minha vida!
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Eh lá!! Que poder! Sentes-te tão atraído por este caminho, que alguém te diz que é o certo! Acreditas na promessa? Sentes-te capaz de confiar num desconhecido? Olhas para o relógio, e faltam 45 minutos para partirem os comboios todos, ao mesmo tempo (vá lá, facilitem, isto é meio ficção! Ou não...). Tens 45 minutos para o conheceres melhor, mas mesmo assim precisas de dar um salto que ninguém pode dar por ti - o salto da fé. E assim, acabas por escolher o caminho que veio ter contigo e ele próprio te escolheu também.
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Zumbas, embarcas. Não, encomboias. Rumo ao mundo novo há várias estações e apeadeiros, onde tens sempre a possibilidade de sair e desistir. Arriscas-te é a perder o sentido da viagem. No fim de tudo, compensou. No fim da viagem espera-te um lugar fantástico, melhor que o melhor dos teus sonhos. E ainda por cima, estão lá alguma da tua família, os teus melhores amigos e muitas pessoas que vais querer conhecer. E no meio deles, cheio de luz, está Deus.
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- Eu sabia que valia a pena confiar em ti, meu Pai. Vestiste-Te de senhor da CP só para me ajudar. Um Deus que nos serve, até me sinto envergonhado por todas as vezes que Te ofendi. Perdoa-me, quero ficar contigo e servir-Te para sempre! Obrigado Senhor, a tua misericórdia é infinita.
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Os sacramentos são apenas o início de uma grande viagem. Tens sempre apeadeiros e estações muito apetecíveis. Não deixes o comboio passar. Nem o abandones antes do tempo. Verás como é bom chegar ao fim. No fim de contas, o fim é o princípio de outra viagem. Estás preparado para escolher o Caminho certo?
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Como avaliar bem a inteligência de uma pessoa? Bem, antes de mais penso que não cabe a nós avaliar e julgar os outros. Mas quando olhamos para uma pessoa, quando é que essa pessoa se torna um exemplo de inteligência para nós? Aqui já podemos fazer um juízo mais calmo e seguro. Para mim, há dois tipos de inteligência diferentes, e que devem estar juntas e em equilíbrio para serem parte de um todo coerente. Em primeiro lugar, temos de pensar qual é o propósito da inteligência. Penso que a verdadeira integência é a capacidade que temos para buscar a felicidade com sucesso. Sim, é que toda a gente quer ser feliz, é a meta comum dos crentes e dos não-querentes. Assim, há duas maneiras de o fazer. A primeira, é aceitarmos a nossa condição actual e encontrar
nela coisas para agradecer a Deus, buscar o lado bom da nossa realidade, e sermos capazes de sorrir, mesmo na adversidade. A segunda inteligência é conseguir mudar a nossa situação para melhor, procurando em Deus forças para tornar as coisas ainda melhores, mais reflexo da beleza do Criador supremo. Em melhores condições, podemos agradecer mais a Deus, desde que o materialismo não nos invada a alma. Ser inteligente é isto mesmo: ser por vezes energia de mudança, e por outras um bom apreciador daquilo que se tem. Ser inteligente é conseguir ser feliz e realizado. Neste nosso caso, sabemos onde encontrar a felicidade e a realização. Se mudares, muda por Deus. Se gozares de algo, goza se for de Deus. Se agradeceres, agradece porque é bom e é de Deus.
Meu amigo, vamos fazer um ponto da situação. Desafio-te a que leias as perguntas que se seguem como se fosses tu a perguntar a ti próprio. Aconselho ainda a pores uma música calma a tocar, de preferência só instrumental, que te ajude a rezar, ao ritmo do teu coração. Em cada pergunta, pára o tempo suficiente para responderes com verdade. Um abraço, e boa reflexão.
Em conversa com uma estudante de medicina, descobri que o equilíbrio do corpo humano está nos ouvidos, no cerebelo e numa qualquer outra parte do cérebro que de momento não me lembro do nome. No entanto, a minha preocupação maior não é a de definir com exactidão onde se encontra o equilíbrio do corpo, deixo isso para os entendidos desta área. Antes quero falar de algo onde qualquer pessoa pode e deve discorrer - a alma -, e assim, talvez o meu tiro acerte em algum ponto interessante.
“...eis que vieram do oriente a Jerusalém uns Magos que perguntavam: Onde está aquele que é nascido Rei dos Judeus? pois do Oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo...” (S. Mateus2-1,2) 
Meu Deus, sabes aquelas vezes que quero estar conTigo e me falta pretexto? Oh, como se fosse preciso um pretexto... quando me parece que faltam pretextos quer dizer que não estou a olhar bem à minha volta, e até para mim mesmo. Há tanto para louvar, tanto para agradecer!
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