a arte de Cristo

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

26 de Outubro

O mínimo dos mínimos que posso esperar de quem quer discutir algo comigo, é honestidade intelectual. Só assim começa a haver condições para que as pessoas se entendam e respeitem. Mesmo que no fim continuemos com as iniciais posições, sabemos que a plataforma para o diálogo existe e pode ser posteriormente retomada.
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Agora, o que fazer com quem se aproxima usando uma argumentação desonesta e subterfúgios mal-intencionados? Como retribuir àquele que connosco só discute com a vaidade própria de quem só está interessado em falar e não em ouvir? Tal como a todas as pessoas, incluindo os inimigos, é-nos pedido que amemos. Rezar por essa pessoa já é bom, já é amá-la. É um bom primeiro passo. Depois, para mais desenvolvimentos, há que ter a prudência e o tacto para perceber duas coisas.
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Em primeiro lugar, perceber se devemos ou não acusar a sua desonestidade, e de que maneira. Por exemplo, quando a discussão é pública e o efeito potencialmente grave, pode ser importante denunciar as falhas para aquele argumento pernicioso não sair impune. Aqui deve entrar também a virtude da temperança, tão difícil de a nós chamar quando os ânimos aquecem. Mas o português tão bem reconhece que "quem não sente não é filho de boa gente".
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Em segundo lugar, é sempre altura de aplicar a regra do tanto-quanto: aproximo-me das pessoas e das coisas tanto quanto elas me aproximam de Deus, e afasto-me delas tanto quanto elas me afastam de Deus.
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O mínimo para amar o inimigo, é rezar para que a sua alma não se perca e encontre a paz em Deus. Tudo o resto, deverá ser medido de acordo com a nossa consciência que se quer prudente e educada na fé em Cristo.
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AVC

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