a arte de Cristo

quinta-feira, 3 de abril de 2008

1 de Abril


O dia de hoje é dedicado às mentiras e a outras partidas. Tal como no Carnaval, este dia foi pela sociedade reservado para sairmos um pouco de nós e termos uma boa razão para escapar - por umas horas - às convenções e às verdades que tantas vezes incomodam. Normalmente, acabamos apenas a pregar umas partidas inofensivas, e é bom que continue desta maneira. No entanto, não devemos tomar o gosto à mentira. Se Jesus é a Verdade, então o diabo actua em tudo o que nos desvia da Verdade. O diabo é um espírito de mentira? Não só, mas também. O mafarrico é ilusão, é engano, é confusão, é vaidade, é cegueira, é anestesia da realidade (tantas vezes por via dos prazeres...). Acima de tudo, Satanás é um espírito de orgulho. No meio de tantas coisas, a mentira é quase um pequeno pormenor. De facto, assim é. A mentira defende o contrário da verdade. Exige de nós fé - uma fé errada, mas ainda assim uma fé. E a fé precisa de ser cultivada, senão passa à condição de simples "fezada". Ao cultivarmos a fé, conhecemos melhor aquilo em que acreditamos, e com o passar do tempo, vamos descobrindo a verdadeira Verdade. Ora, o diabo usa a mentira apenas como último recurso, já quase em medida desesperada de quem sente que nos está a perder. Assim, e em todo o caso, o melhor que podemos dar ao diabo é o nosso desinteresse pela verdade: é isso que ele quer, anestesiar-nos, afastar-nos da procura de Deus, do verdadeiro sentido da vida, d'Aquele que nos realiza, que nos torna melhores, que nos dá aquela esperança que representa a certeza da vida eterna, numa salvação que herdámos e que recordamos em forma de Cruz.

AVC

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